A barragem de Belver que assenta no território de Ortiga e de Gavião

A barragem de Belver define toda uma paisagem no vale que o Tejo durante longos anos inundou sem a exuberância de água que hoje conhecemos na albufeira formada pela parede de betão. Mas, curiosamente, as descargas de inverno da barragem levam-nos sempre para o tempo de um Tejo livre de obstáculos não naturais e que corria rápido muitas vezes.
Esta semana, a barragem está a descarregar em força
[ver VÍDEO]. Uma barragem começou a produzir em 1951 e que é uma das duas barragens portuguesas do Tejo - a outra é o Fratel, a montante.
Em 2004, a EDP procedeu à reabilitação das dez comportas e há um ano e meio reforçou a passagem para viaturas que une as duas margens do Tejo (Ortiga-Gavião). Esta barragem de gravidade tem uma altura de 30 metros desde a sua fundação. As suas dez comportas
vagão têm uma capacidade de descarregamento de 18000 m3/s. Em média, por ano, Belver produz 176 GWh.
Com a sua parede em Ortiga e em Gavião, curiosamente é por "Belver" que esta barragem em betão assente em xisto é conhecida, cuja construção é contemporânea das centrais de Pracana (1950), no Ocreza, e Castelo do Bode (1951), no Zêzere.
Inicialmente pertença da Hidroelétrica do Alto Alentejo, a central de Belver é hoje da EDP Produção, situando-se também na foz da Ribeira das Eiras, que desagua entre Ortiga e Belver.



