Termas da Fadagosa do Tejo: uma memória de Gavião e de Belver

Nos tempos que correm não existe qualquer estação termal no concelho de Gavião mas nem sempre foi assim.
O nosso território é rico em água dita fadagosa e neste local da imagem, junto à linha do Tejo, na sua margem esquerda, a algumas centenas de metros da Barragem de Belver
, houve uma estação termal afamada, de que restam as ruínas dos edifícios. O PR 1 Arribas do Tejo
cruza precisamente as antigas termas.
As Termas da Fadagosa do Tejo
eram conhecidas também por Termas de Belver pois o seu acesso fazia-se em geral por barco desde a margem direita, aproveitando a linha de comboio - que tem apeadeiro na barragem - para a mobilidade dos termalistas. Estiveram em exploração até meados do século passado, tendo como último gerente o médico João de Matos.
Eram, conforme informa Jorge Saco, na sua 'Monografia de Belver', termas de águas sulforosas aprovadas cientifica e legalmente. A nascente ficava junto à margem do rio, três metros acima do nível das águas no verão, mas a construção da barragem, em 1952, submergiu a fonte termal.
O último banheiro das termas o Ti João Lopes, pescador e barqueiro que tinha o apoio dos filhos. As termas tiveram também como médico, durante muitos anos, Manuel Tropa, que diariamente se deslocava às termas, desde Belver, no seu barco à vela.
As termas foram adquiridas em 2011 à EDP
pela Câmara Municipal de Gavião
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