A Anta das Pedras Brancas é marca do megalitismo no território da União de Freguesias
União das Freguesias de Gavião e Atalaia • 3 de junho de 2024
No corredor ecológico das Ribeiras de Alferreireira e Barrocas
, a anta das Pedras Brancas destaca-se ainda hoje numa paisagem de colinas altas que já espreitam a Beira Baixa e têm o Tejo a correr num vale muito cavado.
Este não é um monumento funerário de grande porte, como alguns que ainda existem sobretudo no Alentejo, a grande região portuguesa do megalitismo, mas nele sobreviveram elementos de muito valor, sendo possível perceber a câmara funerária e parte do corredor (com esteios em xisto).
Este não é um monumento funerário de grande porte, como alguns que ainda existem sobretudo no Alentejo, a grande região portuguesa do megalitismo, mas nele sobreviveram elementos de muito valor, sendo possível perceber a câmara funerária e parte do corredor (com esteios em xisto).
Com um diâmetro de sete metros, esta anta encontrava-se coberta por um monte de terra (mamoa) e não seria exemplar único num território ocupado por um povo do período Neolítico que aqui viveu há cerca de 5/6 mil anos e que enterrava os seus mortos nestas antas que seriam também marcadores de paisagem. O monumento tinha também uma cobertura pétrea.
É de todo provável que no território da união de freguesias tivessem existido outras antas (entretanto destruídas por trabalhos agrícolas e florestais) e falta saber se é ainda possível, através de trabalhos de prospeção arqueológica, identificar outras estruturas deste tipo.
É de todo provável que no território da união de freguesias tivessem existido outras antas (entretanto destruídas por trabalhos agrícolas e florestais) e falta saber se é ainda possível, através de trabalhos de prospeção arqueológica, identificar outras estruturas deste tipo.
Para ver no concelho de Gavião também a anta do Penedo Gordo, em Belver.

Por estar a decorrer o período eleitoral para as autárquicas, não demos aqui notícia da inauguração de uma importante obra na Degracia Cimeita: o Centro Interpretativo dos Percursos Pedestres e Centro BTT. A inauguração, que contou também com a presença de Germano Porfírio, presidente da União das Freguesias de Gavião e Atalaia, teve um apoio de 300 mil euros do programa Valorizar do Turismo de Portugal e representou um investimento total de 472 mil euros. Uma obra que requalificou a antiga escola primária da Degracia, onde também funcionou uma fábrica de croissants hoje a laborar na zona industrial de Gavião. O espaço foi concebido pelo arquiteto Miguel Viseu Coelho e contempla um momento imersivo , onde se podem escutar os sons da natureza. O centro interpretativo também detalha graficamente os percursos pedestres do concelho de Gavião, percursos que contemplam as quatro freguesias. Vários antigos alunos estiveram presentes no momento da inauguração, dia 28 de setembro. Entre os quais Celeste , que mora ali ao lado e destacou o papel de Ramiro Leão na construção de uma escola que este não frequentou quando esteve quase a enveredar por uma vida de trabalho no campo, vindo a transformar-se num dos grandes comerciantes de Lisboa. O centro tem, aliás, um pequeno espaço dedicado ao processo de construção da antiga escola primária. Para além do Centro Interpretativo BTT, este investimento contemplo um Centro BTT, onde os praticantes desta modalidade que usam os nossos caminhos podem lavar e carregar bicicletas. O Centro Interpretativo dos Percursos Pedestres irá começar a funcionar em data a designar pela Câmara Municipal de Gavião.

Há memórias de estabelecimentos da vila de Gavião que permanecem nas paredes e que quando retratadas, como aconteceu na nossa página no Facebook, geram interessantes interações que devemos fixar também aqui. Como aconteceu quando publicamos a imagem desta antiga padaria, na Rua do Mercado. Rosa Mateus deixou ficar desde logo as suas saudades da senhora Domicília e do senhor Saúl, os donos da padaria onde se produzia também o bolo de pão e massa típico de Gavião. Saúl e Domicília foram os últimos donos da padaria, os anteriores foram os pais de Jorge Lacão, o político do Partido Socialista nascido em Alagoa (Portalegre). Lurdes Jardim precisa isto mesmo e diz que andou na escola com o antigo ministro dos Assuntos Parlamentares, Rosa Pardal, por sua vez, recordou que quando ia de Lisboa para a Amieira Cova com os seus pais levava sempre pão desta padaria. "Tenho uma lembrança vaga de uns pãezinhos tipo pão espanhol (como chamavam) em feitio de um caracol que a minha avó comprava aí no dia de feira, um pão muito branquinho", contou sobre um pão que, segundo Olinda Estevinha, tinha o nome de medianas. José António Gravelho precisa que neste edifício depois da padaria também funcionou uma discoteca. "Zona Forte" era o seu nome. Maria Sabina Louro também comentou, para dizer que trabalhou na padaria muitos anos, "praticamente toda a minha mocidade". "Padaria onde a senhora minha avó, a ti Maria Ferra, trabalhou durante muitos anos a peneirar a farinha", escreveu Cristina Lopes. Assim se reconstitui a história, com a ajuda de quem a viveu ou da história teve conhecimento através dos seus familiares. Fica o registo.

A equipa de sub-16 do Clube Gavionense, dirigida por Miguel Ângelo, está a fazer um excelente campeonato distrital e no passado domingo, dia 7 de dezembro, bateu por 4-0 a formação do Eléctrico de Ponte de Sor, no campo do Salgueirinho. O onze inicial gavionense foi assim formado: Guilherme Cardoso; Pedro Filipe, João Matias, Gustavo e Salvador (cap.); Huang, Dinis Marques e Nuno Matias; Pedro Branco, António e Dinis Dias. Foram suplentes Diogo Martins, Leonor Catarrinho e Carlota Galinha. Ao intervalo, a equipa da casa já vencia por 3-0. Os golos gavionenses foram apontados por António (3) e Salvador. O Clube Gavionense segue com os mesmos pontos, mas mais um jogo, que o líder da sua série, o Estrela da Portalegre, e tem o apuramento para a fase seguinte do distrital da categoria praticamente assegurado.


